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Projeto: ATLAS AMBIENTAL DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS CÊNICAS: BONITO E JARDIM - MATO GROSSO DO SUL


O Atlas Ambiental das Bacias Hidrográficas Cênicas é uma obra para observar, refletir e prezar pelas paisagens de Bonito e Jardim, no Mato Grosso do Sul. É uma obra fruto de um projeto vinculado ao Laboratório de Geografia Física e ao Programa de Pós-Graduação em Geografia da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Federal da Grande Dourados, com fomento da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul. Tal laboratório e seus integrantes têm se dedicado no desenvolvimento de pesquisas vinculadas à: paisagem; recursos hídricos; dinâmicas territoriais; turismo; e climatologia.
Dentre essas pesquisas, a Paisagem ganha evidência em meio às suas várias formas de abordagem e análise. Ao aplicar tal categoria de análise em Bonito e Jardim, é preciso destacar que estas são paisagens únicas no Estado de Mato Grosso do Sul, tanto do ponto de vista da preservação ambiental dos grandes enclaves de Mata Atlântica e Cerrado, que se vinculam à Serra da Bodoquena, quanto pelo avanço antrópico, sobretudo lavouras de soja, que trazem consigo uma preocupação com as instabilidades que a paisagem cárstica promove.
Tratar do carste é fundamental na medida em que se entende os processos que o rege, bem como, o resultado desses processos. Rios cênicos, rica diversidade fitogeográfica, geológica e espeleológica, morros dissecados ainda com vegetações nativas, componentes físicos, bióticos, socioeconômicos, histórico-culturais, subterrâneos e superficiais, que convergem para ambientes sistêmicos e complexos.

Médio curso do Rio da Prata

Rio da Prata

 

É justamente nessa paisagem que as bacias hidrográficas cênicas se localizam; as bacias do rio da Prata, Formoso e Peixe compreendem três das principais bacias hidrográficas dessa região do estado, todas fazem parte da Unidade de Planejamento e Gerenciamento do Miranda e têm suas nascentes em ambientes cársticos da Serra da Bodoquena.
As feições superficiais e subterrâneas se entrelaçam em um sistema frágil e totalmente imprevisível diante das ações humanas. A pressão humana tem aumentando sobre essas paisagens, como o uso intensivo pelas lavouras de soja, pecuária extensiva, desvios de água dos mananciais, falta de manejo das terras que resultam em erosões, estradas não pavimentadas sem um sistema de drenagem e dissipação das águas, despejo de resíduos sólidos, entre outros vários riscos e problemas ambientais que acabam por retirar insumos ao setor turístico, diminuir o potencial geoecológico das paisagens, desmatar e reduzir as áreas de vegetação florestal, diminuir as capacidades funcionais e estruturais da paisagem, interferir no seu aspecto evolutivo e na dinâmica, e alterar de forma recorrente as águas, sobretudo pelo turvamento. E isso tem agravado a situação ambiental das bacias hidrográficas cársticas.


 

Médio curso do Rio da Prata

Rio da Prata

 

Rio Formoso

Rio Formoso

 

O Altas Ambiental emerge em uma tentativa de, a partir dos levantamentos e dados adquiridos e gerados, delimitar, classificar e cartografar as paisagens, realizar seu diagnóstico, e avaliar: se este estudo pode contribuir para melhorar a qualidade destas bacias hidrográficas sensíveis e complexas? Se o setor econômico ligado à agropecuária, mineração e turismo vem reduzindo o estado geoecológico das paisagens nessa região cárstica? De que forma o diagnóstico geoecológico poderá trazer à paisagem, soluções permeando a sustentabilidade dos geossistemas cársticos?
E o Atlas Ambiental passará a atuar na orientação de atividades de planejamento e gestão ambiental, para auxiliar na conscientização social, emergir a educação ambiental, diagnosticar a situação geoecológica das paisagens de Bonito e Jardim e trazer à comunidade local, informações que podem ser utilizadas como meio de divulgação/educação entre os cidadãos, particularmente docentes e órgãos ambientais. Fatos que possibilitam ampliar as pesquisas nessas bacias hidrográficas e angariar pesquisadores que queiram discutir e compreender essa área de estudo tão sensível e ímpar do Mato Grosso do Sul e do Brasil.
O Atlas Ambiental por si só, possibilita alcançar todas essas questões, e diante da importância atual do aspecto visual, o Atlas buscou um viés interativo, vídeos, fotografias, tutoriais metodológicos, algo que possa se tornar referência para quem estuda ou queira adentrar a essa temática.
Os primeiros resultados do projeto podem ser conhecidos no canal do LGF (Laboratório de Geografia Física), conheçam os primeiros resultados: https://www.youtube.com/watch?v=aw9exR8djCM


Fonte: Programa de Pós-Graduação em Geografia/FCH/UFGD
Fomento: FUNDECT






 
 

Estes são os dados do setor responsável por este conteúdo:

Setor responsável:
Pró-Reitoria de Ensino de Pós-Graduação e Pesquisa
Nome responsável:
SIMONE RODIGHERI
Email:
propp@ufgd.edu.br
Telefone:
67-3410-2850

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