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Outubro
24
2025

Ouvidora da UFGD destaca papel dos servidores na construção da universidade e transformação regional

  Atualizada: 24/10/2025
Naara Aragão ressaltou que a UFGD é fruto do trabalho coletivo dos servidores e defendeu a valorização do serviço público como garantia do direito à educação, à saúde e à justiça social

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A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) realizou, na quarta-feira (23/10), no Auditório Central, o debate acadêmico “Universidades Públicas: qual a sua relevância para a sociedade brasileira?”, com a participação do sociólogo Jessé Souza. O evento integrou as comemorações pelo Dia dos Servidores de 2025 e fez parte da programação do XI Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão (ENEPEX).
 

Organizada pela Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (PROGESP), a atividade contou com a presença da ouvidora da UFGD, Naara Aragão, que enfatizou o papel dos trabalhadores da educação na construção da instituição e na transformação social da região.
 

Segundo Naara, a história da UFGD é inseparável da dedicação de seus servidores. “A UFGD é, antes de tudo, uma construção coletiva de trabalhadoras e trabalhadores da educação. Ao longo desses 20 anos, cada servidor e servidora contribuiu para dar vida a esse projeto público de universidade, seja na sala de aula, no laboratório, na secretaria, na limpeza, na segurança, no acolhimento estudantil ou na pesquisa”, afirmou. Ela ressaltou que a universidade “não existe sem essas pessoas”, pois são elas que mantêm os processos funcionando e garantem a realização da missão pública da instituição.
 

A ouvidora destacou ainda que o impacto da UFGD vai muito além do campo acadêmico. “A presença da UFGD transformou completamente a região da Grande Dourados. Antes da universidade, Dourados tinha uma base econômica e social restrita; hoje, é um polo regional de educação, cultura e ciência”, explicou. Segundo ela, a instituição gerou empregos diretos e indiretos, impulsionou o comércio e os serviços, fortaleceu o debate cultural e ampliou o acesso ao ensino superior.
 

Desde sua criação, a UFGD já formou mais de 11.800 profissionais, além de 2.700 mestres e 630 doutores, que hoje atuam em todo o país. Para Naara, o impacto mais profundo da universidade é simbólico. “A universidade fez com que filhas e filhos de trabalhadores pudessem sonhar e romper o destino social imposto pela desigualdade”, disse.
 

A ouvidora também destacou o papel do Hospital Universitário (HU-UFGD) como um dos maiores exemplos do alcance social da instituição. Segundo ela, o hospital é uma expressão importantíssima do compromisso da universidade com a população. “O HU é universidade em sua forma mais concreta: forma, pesquisa e cuida. São servidores e servidoras valorosos que, 24 horas por dia, mantêm esse espaço funcionando, acolhendo a população de Dourados e de mais de 33 municípios da região”, observou.

 

Ao comentar sobre o trabalho dos servidores no cotidiano da universidade, Naara citou diversos exemplos que refletem o compromisso coletivo com a educação pública. “O próprio professor, ao lecionar suas aulas, promove a construção do conhecimento coletivo. Quando um técnico em laboratório auxilia uma pesquisa que resultará em novos tratamentos de saúde; quando uma servidora da assistência estudantil garante a permanência de um aluno em vulnerabilidade; quando um servidor da limpeza mantém o ambiente digno e saudável — tudo isso é a universidade acontecendo”, explicou.
 

Para ela, essas ações muitas vezes invisíveis são o que sustentam a vida acadêmica. “É esse trabalho cotidiano, silencioso e coletivo que permite à UFGD formar milhares de profissionais e seguir produzindo conhecimento para o bem público”, completou.
 

Em sua fala final, Naara reforçou a importância de valorizar o serviço público e fortalecer a universidade como espaço de humanização. “A universidade pública é o espaço mais democrático que temos no Brasil. E após tempos de radicalização da opressão, precisamos tomar como remédio a radicalização da humanização das relações”, afirmou.
 

Ela também fez um alerta sobre a necessidade de defender as instituições públicas diante de propostas que ameaçam os direitos dos servidores. “Sem dignidade, condições adequadas e reconhecimento, não há universidade de qualidade. E neste momento, em que tramitam propostas como a Reforma Administrativa, é importante lembrar que defender o serviço público é defender o direito à educação, à saúde e à justiça social”, pontuou.
 

Para a ouvidora, a UFGD é um símbolo coletivo de transformação e pertencimento. “A UFGD é um patrimônio coletivo. Defendê-la é defender o direito de sonhar, e esse sonho só se sustenta se for coletivo”, concluiu.


Jornalismo ACS/UFGD
 

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