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Estudantes indígenas ministram oficinas de grafismo corporal, artesanato, expressão corporal e produção audiovisual


Você sabia que uma pintura corporal indígena pode demonstrar a emoção que a pessoa sente naquele momento? Ou que a produção audiovisual está cada vez mais presente nas aldeias como instrumento para dar visibilidade às lutas indígenas? Tem ideia de como são coletados ou onde são comprados os materiais para produção de artesanato? Esses e outros assuntos são conteúdo de algumas oficinas ofertadas pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).
 
Todo ano, a Universidade realiza o projeto Oficinas Culturais, que oferece formação e aperfeiçoamento em diferentes linguagens como música, artes visuais, dança, artes cênicas, cinema, literatura, canto, cultura popular, cultura tradicional, Libras, entre outras formas de expressão. Tanto a comunidade acadêmica quanto a comunidade externa podem participar, e esse ano as oficinas estão sendo apresentadas pela internet, devido ao contexto da pandemia de covid-19.
 
Dentre as dez opções de cursos em 2021, quatro são ministrados por estudantes indígenas de etnias diferentes, abordando conteúdos sobre grafismos tradicionais, artesanatos, expressão corporal e produção audiovisual no contexto indígena. As atividades são voltadas principalmente para as comunidades indígenas, porém, como as videoaulas são publicadas no Youtube, qualquer pessoa interessada pode conferir o conteúdo, mas somente quem se inscreveu nas Oficinas Culturais receberá certificado de participação. Confira, abaixo, o trabalho de cada um:
 
GRAFISMO INDÍGENA
 
As pinturas corporais indígenas nem sempre são apenas para embelezamento estético. Na verdade, a maioria dos grafismos é cheia de significados, seja uma comemoração especial, o cargo que a pessoa ocupa na comunidade, passagem da adolescência para a vida adulta e podem até mesmo que demonstrar emoções.
 
É o que explica a estudante de Ciências Sociais, Angélica Quevedo, em sua oficina “Grafismo indígena”. A jovem kaiowá resolveu compartilhar os conhecimentos que aprendeu com a família e, com isso, fortalecer a cultura guarani-kaiowá. Angélica, que sempre amou fazer tintas de jenipapo e de urucum, está perdendo a timidez diante da câmera. “Está sendo maravilhoso ministrar aulas online. Há dificuldade sim, pois não sou muito de falar no Youtube, mas pela minha identidade e cultura, faço com o maior prazer”. A estudante conta, ainda, que o pessoal da comunidade indígena está adorando a oficina, principalmente as crianças, que desenham pinturas corporais em suas casas vendo o canal NAIN Jaguapiru.

         

Grafismo indígena
Produção da tinta de jenipapo

O Núcleo de Assuntos Indígenas (NAIN) Jaguapiru foi criado dentro das aldeias Jaguapiru e Bororó, em parceria com a UFGD, equipado com computadores e internet para auxiliar os acadêmicos com as aulas remotas durante a pandemia. Os vídeos da oficina “Grafismo indígena” são publicados duas vezes por semana, até o final de junho, no canal: www.youtube.com/channel/UCqsH97o4eWqGiCCCgcFU_3Q.

 
EMOÇÕES, MOVIMENTOS E EXPRESSÕES CORPORAIS
 
Jade Ribeiro, estudante terena do curso de Artes Cênicas, inicia suas atividades com alongamento corporal, seguido de breve meditação. O objetivo principal da oficina é aplicar métodos e técnicas usuais nas artes cênicas, juntamente com o conhecimento tradicional indígena, para conhecer as possibilidades de expressão do corpo. De acordo com Jade, até o final da oficina, também será explorada a busca pela comunicação, através do movimento, das emoções e dos estados afetivos entre os participantes. Os vídeos também são publicados no canal do NAIN.
 
PRODUÇÃO E EDIÇÃO DE VÍDEOS PARA O CONTEXTO INDÍGENA
 
Já o guarani-nhandeva Luan Rodrigues, também estudante de Ciências Sociais, é quem edita os vídeos das duas oficinas anteriores e acredita no audiovisual para compartilhamento de conhecimentos. “Ajudo essas pessoas a produzirem conteúdos próprios para internet e a construírem seu público organicamente”, explica.
 
A quantidade de equipamentos para produção e edição de vídeos tem sido um desafio, segundo Luan, bem como a falta do contato e da troca de ideias com pessoas próximas, como seriam em aulas presenciais. Mas a produção desses tutoriais de etno-mídia além de gerar conhecimento para o público que acompanha o canal, segundo Luan, reforça a importância do audiovisual na educação remota.
 
ARTESANATO TERENA
 
Diferentes tipos de artesanatos, seus usos, coleta de materiais, fabricação até o acabamento e a comercialização são assuntos abordados pelo terena Levi Yunes Gonçalves Lipu, graduando de Engenharia Civil.
 

Artesanato terena
Exposição de artesanato terena
 

É ele quem grava, edita e publica os vídeos, além de mostrar o passo a passo da produção de cada peça de artesanato. Para o estudante, fazer todo esse processo para que aconteça a aula online é bem trabalhoso, mas a vantagem é que cada pessoa assiste aos vídeos no horário que melhor convém.
 
Para conhecer o trabalho de artesanato terena produzido por Levi, acesse o canal: https://www.youtube.com/channel/UCAIsTu-96_nvo9z8aUY7aaQ/videos.
 
Fonte: Portal da UFGD - Jornalismo ACS/UFGD

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Nome responsável:
Graziela Moura de Souza
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