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Setembro
20
2019

UFGD pede atenção da comunidade acadêmica para evitar queimadas acidentais

  Atualizada: 20/09/2019
Nesta quinta-feira, área experimental da UFGD teve foco de incêndio, possivelmente ocasionado de forma incidental

Apesar das pancadas de chuva que caíram nesta quinta e sexta-feira, dias 19 e 20 de setembro, Dourados está registrando um dos períodos de maior calor e baixa umidade dos últimos tempos. No início desta semana, dados do site ClimaTempo mostravam índices de umidade relativa do ar entre 10 e 15%, condições consideradas desérticas.

O impacto desse clima seco é perceptível em todos os seres vivos. Postos de saúde e hospitais estão lotados com pessoas apresentando problemas respiratórios diversos. Hidratar-se, ou seja, tomar muita água, é a principal recomendação dos profissionais de saúde. No caso das plantas, o clima seco as torna mais vulneráveis ao fogo e por isso qualquer bituca de cigarro ou faísca já representa risco de incêndio.

Nesta quinta-feira, um pequeno foco de incêndio resultou em fumaça e desconforto da Unidade 2 da UFGD. O material que pegou fogo foram galhos secos de árvores podadas, que estavam depositados aos fundos da Fazendinha - uma área experimental que fica no final da avenida principal da Cidade Universitária, usada prioritariamente por estudantes e docentes dos cursos da Faculdade de Ciências Agrárias. Os galhos seriam triturados e usados como matéria-prima de alguns experimentos que demandam serragem de madeira. No entanto, alguma pessoa não identificada teve a iniciativa ou uma atitude descuidada que resultou em um breve incêndio.

O coordenador da Fazenda Experimental, Bruno Cézar Álvaro Pontim, afirma que além de perder material que seria utilizado em experimentos, o incêndio é extremamente prejudicial para a saúde do solo. Antigamente, a queimada era utilizada para limpar terrenos e preparar o solo antes de um plantio, mas de acordo com Bruno essa prática deveria ser totalmente descartada das atividades agrícolas, uma vez que o fogo mata boa parte dos microorganismos que estão nas camadas mais superficiais do solo. Bruno é engenheiro agrônomo e ressalta que os microorganismos do solo são importantes pois decompõem material orgânico, transformando palhadas em nutrientes para a próxima lavoura.

Além disso, o coordenador da Fazenda Experimental destaca que a fumaça resultante do foco de incêndio afeta todas as pessoas da comunidade acadêmica. “Pedimos que toda comunidade acadêmica tenha mais atenção nesse período de clima seco, para que esse tipo de situação não volte a acontecer. As queimadas são extremamente prejudiciais, em diversos aspectos”, reafirma o engenheiro agrônomo.